A Justiça Federal do Paraná (JFPR) promoveu, na tarde desta sexta-feira (14), um evento em comemoração ao mês da mulher, na sede Cabral, em Curitiba, com o lançamento oficial da Ouvidoria da Mulher. Também foi realizada uma palestra sobre julgamento com perspectiva de gênero.
A abertura foi comandada pelo desembargador federal Fernando Quadros da Silva, presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), pela juíza federal Ivanise Corrêa Rodrigues Perotoni, coordenadora da Ouvidoria da Mulher, e pela juíza federal Luciane Merlin Clève, vice-diretora do Foro da Subseção Judiciária do Paraná (SJPR).
O presidente do TRF4 destacou o passo importante que representa a instalação da Ouvidoria da Mulher, que atenderá ao público interno e as diversas demandas dos três estados da Região Sul. “Temos agora mais um canal para receber as demandas, as inquietações e, sobretudo, teremos uma mulher para fazer essa filtragem. Um outro olhar, que será muito mais legítimo, para dar o tratamento e a importância que as demandas merecem”, afirmou o desembargador federal Fernando Quadros da Silva.
A juíza federal Luciane Merlin Clève lembrou sobre a naturalização de muitos comportamentos até um passado ainda recente, e que classificou como “inconcebíveis”.
“Íamos com esses comportamentos para casa, porque, muitas vezes, nós nos sentíamos culpadas de micro agressões. Se falarmos com qualquer mulher, ela contará pelo menos um caso, seja uma discriminação, um corte de fala no ambiente de trabalho, só pelo fato de ser mulher. É uma questão de gênero e não de vitimismo”, pontuou.
Para a diretora do Foro, a Ouvidoria da Mulher será um meio de sensibilização, bem como uma vitrine. “Para que nós não sintamos mais isso”, afirmou.
Tribunal de vanguarda
A desembargadora federal Ana Cristina Ferro Blasi, ouvidora da mulher do TRF4, também celebrou a instalação deste novo canal. Ela destacou a importância da 4.ª Região como um Tribunal “que sempre foi de vanguarda”, e que evolui ainda mais no tema relativo à proteção do direitos das mulheres. “Nenhuma mulher que bater as portas do TRF4 ficará sem acolhida. E assim temos feito”, disse.
Também compuseram a mesa a desembargadora Priscilla Plachá Sá, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR); a desembargadora federal Claudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR); o desembargador federal Luiz Antônio Bonat, do TRF4; a desembargadora Tereza Christina Gosdal, ouvidora da mulher do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT9); a desembargadora federal Vânia Hack de Almeida, Corregedora Regional do TRF4; e a juíza federal Ivanise Corrêa Rodrigues Perotoni, ouvidora da mulher da JFPR.
Placa inaugural
A placa inaugural da Ouvidoria da Mulher foi descerrada pelas autoridades, marcando o lançamento oficial deste canal especializado e permanente de comunicação entre a Justiça Federal e as cidadãs, para receber e encaminhar denúncias relacionadas à violência contra a mulher.
Palestra sobre Perspectiva de Gênero
Os presentes puderam acompanhar uma palestra da jurista Melina Girardi Fachin. Ela, que é doutora em Direito Constitucional, com ênfase em direitos humanos e professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), falou sobre Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero como Ferramenta Essencial para a Transformação Jurídica e Social.
Melina também integra o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PR), do Conselho Permanente de Direitos Humanos do Estado do Paraná, e da Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e OAB/PR.
Ao final, todos os participantes participaram de um coquetel.
Ouvidoria da Mulher
A Ouvidoria da Mulher da JFPR funciona desde julho de 2024. O serviço está disponível para servidoras, magistradas, estagiárias e colaboradoras terceirizadas da JFPR, bem como profissionais da área jurídica.
O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, pelo telefone 0800 643 2004, e pessoalmente, no endereço Avenida Anita Garibaldi, 888, Cabral – Curitiba/PR. O atendimento também pode ser online, por meio de formulário.
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Autoridades desceram placa inaigural da Ouvidoria da Mulher na JFPR ()