ceobaniucadvocacia

No momento, você está visualizando Webinário lança obra em homenagem aos 45 anos de magistratura da ministra Nancy Andrighi

Webinário lança obra em homenagem aos 45 anos de magistratura da ministra Nancy Andrighi

Em webinário promovido pelo site jurídico Migalhas nesta quarta-feira (8), foi lançada a obra Disrupção do Direito Empresarial – Estudos em homenagem à ministra Nancy Andrighi. Além da homenageada, o evento contou com a participação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, e dos ministros Laurita Vaz, Paulo de Tarso Sanseverino, Sidnei Beneti e Massami Uyeda (os dois últimos, aposentados).​​​​​​​​​

A ministra Nancy Andrighi no evento on-line promovido em homenagem aos seus 45 anos de magistratura.O evento foi conduzido pelos advogados Paulo Henrique Cremoneze e Irini Tsouroutsoglou – esta, uma das coordenadoras da obra, ao lado de Sidnei Beneti, dos desembargadores Ney Wiedemann Neto e Carlos Henrique Abrão, e do advogado Paulo Lucon.

Na abertura do evento, o ministro Humberto Martins afirmou que Nancy Andrighi é vocacionada para a magistratura, julgando com justiça e honrando a toga nesses 45 anos.

“É uma das magistradas mais brilhantes do nosso país. Apesar dos milhares de processos em que atua, não se furta a analisar a fundo cada caso levado à sua apreciação. Colabora proficuamente, com seu notável saber jurídico, sensibilidade e humanidade, para a evolução e o aperfeiçoamento da cidadania e da jurisprudência do STJ”, declarou.​​​​​​​​​

O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, enalteceu a contribuição de Nancy Andrighi para a evolução da jurisprudência.O presidente do STJ destacou também o trabalho da ministra em outras áreas, paralelamente à atividade judicante: “Desde meados de 2002, inúmeras ações de inclusão de pessoas com deficiência têm sido realizadas no STJ com a atenta condução da ministra Nancy, uma das mais eminentes defensoras dessa causa no Brasil, o que demonstra que a sua sensibilidade e humanidade não são apenas voltadas para as questões jurídicas”.

Brilhantismo e sensibilidade nos julgamentos

Segundo a ministra Laurita Vaz, a homenagem é mais do que merecida, pois a produção jurídica de Nancy Andrighi é festejada dentro e fora dos tribunais: “Ela demonstra um exímio conhecimento do direito civil, evidenciado no brilhantismo e na sensibilidade de suas decisões”.

Colega de Nancy Andrighi nos colegiados de direito privado, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino discorreu sobre as contribuições da ministra para a jurisprudência, com ênfase em questões relacionadas à responsabilidade civil e à reparação do dano moral. “Ela tem uma visão moderna, humanista e progressista do direito, que aparece muito em seus votos”, ressaltou.

De acordo com Sanseverino, a internet e as redes sociais são uma área em que também se destaca a contribuição da ministra, responsável por relatar importantes precedentes que hoje norteiam a atuação de magistrados em todo o país.

Os ministros Massami Uyeda e Sidnei Benetti – ex-colegas de turma e de seção – relembraram casos relatados pela ministra que ajudaram a construir a jurisprudência do STJ no direito civil e, em especial, no direito processual civil.

Inesquecível homenagem por 45 anos de magistratura

Na conclusão do webinário, a ministra Nancy Andrighi disse que recebia com muito carinho a obra produzida para homenagear os seus 45 anos de magistratura. “No modo de se fazer uma homenagem é que reside o valor do ato de amorosidade”, afirmou.

Ao agradecer aos 33 colaboradores da obra, Nancy Andrighi comentou que escrever é um ato de caridade cristã, momento em que o autor compartilha com todos o seu conhecimento. “Honra-me profundamente ter servido de mote para estudos tão significativos sobre o direito moderno”, declarou, acrescentando que a obra, “sem dúvida, vai enriquecer a doutrina”.

A ministra também falou sobre a importância do juiz na sociedade. “Há uma diferença abissal no modo de comprar e vender, de construir e administrar empresas. A tecla enter opera com muita facilidade, mas não opera quando se está no ato de julgar, que é humano e exige muita dedicação”, concluiu.